Coleção pessoal de Gracaleal

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⁠Rede Globo

Só chama a GLOBO de LIXO quem não tem o intelecto preparado e/ou habilitado a fazer uma boa interpretação de texto. Quem não sabe separar a notícia da conotação comercial, de marketing e política, contida na informação passada por TODAS AS EMISSORAS. E não seria diferente na GLOBO. Informações estas que não são inventadas.

Como em todas as TVs, há uma peculiaridade, uma personalização na forma de exercer a sua atividade, conforme os seus interesses e perfis dos seus profissionais.

Só chama a GLOBO de LIXO, quem, por preguiça, não se dedica a ampliar o seu conhecimento sobre o que realmente acontece em torno da notícia, quando a mesma lhe promove alhuma dúvida. E, também, quem passou a vida assistindo as novelas da GLOBO, suas séries, seus programas humorístico, BBB e depois que o Bolsonaro se tornou presidente resolveu, ou omitir a sua permanente condição de telespectador da Plim Plim, ou resolveu aposentar a sua capacidade de escolha, bem como o seu direito de diversificar o próprio entretenimento para entregar-lhe, no caso, ao espertalhão Bolsonaro, de bandeja, a sua massa cinzenta enquanto critica, com as vísceras, as ações da empresa que possam atender as demandas da sociedade. Demandas que não são uma invenção da GLOBO, mas, sim, o resultado do movimento de evolução do meio, através da alma humana que, estando atenta ao processo, diante do passar do Tempo e das gerações, busca parcerias para minimizar o peso entre as diferenças, especialmente aquelas que afetam as minorias.

Só chama a GLOBO de LIXO, quem já abandonou o próprio intelecto para se dedicar à alienação diante do mundo real afim de se dedicar, incondicionalmente, à fantasia da vida virtual, pois esta não exige cérebro atuante na arte de pensar. Basta uma imagem manipulada que atenda a sua medíocre necessidade emocional.

Quem costuma fazer o download das atualizações do cérebro, está sempre habilitado a lidar com esta ferramenta cinzenta de forma autônoma e voltada para a sensibilidade que envolve o ambiente que busca o equilíbrio e o senso de humanidade, dentro da necessidade individual de se ajustar ao meio, apesar das diferenças de cada um de nós.

⁠Sobre a homofobia

Se a natureza é uma obra de Deus e é ampla na sua diversidade, não entendo porquê o ser humano, sendo, igualmente, uma obra de Deus, precisa ser tudo igual só para atender a demanda de pensamento de quem já começa sendo DIFERENTE achando que é o detentor do conhecimento da verdade e do certo para o mundo. Mundo este que, também, é dotado de vasta diversidade, tais como: continentes, povo, idioma, cultura, valores, costumes, política, culinária etc.

⁠Em especial, nos momentos das tragédias, como a que está ocorrendo no Rio Grande do Sul, eu paro e reflito sobre a espécie humana e tento reconsiderar a minha avaliação sobre ela (a espécie na qual estou inclusa), tentando crer que a mesma não é tão hipócrita e com fortes tendências malignas, narcisistas, oportunistas e egocêntricas como se vê explicitamente, no cotidiano e por trás dos filtros, no ambiente virtual, tamanha a mobilização nacional para ajudar a socorrer e minimizar o sofrimento das vítimas.
Aí eu lembro da existência de certos(as) políticos(as), certos(as) influencers digitais, certos(as) supostos(as) Coachs e certos(as) cidadãos(ãs) comuns, ativos nas redes sociais, que sem muito esforço, e às vezes com um enorme prazer satânico, que possuem um poder imensurável de estragar tudo e de reiterar o lado sombrio e covarde do ser humano.

Graças a Deus que há exceções. São nelas que a gente precisa se agarrar, para não se igualar aos demais.

Deus nos salve, dessa gente de "bem".

⁠Madonna - Copacabana - 04/05/24

Acho que, agora, podemos dizer que, ao usarem a camisa do Brasil, os brasileiros também estarão reverenciando a Madonna e a Pabllo Vittar como forma de perpetuarem a boa lembrança do showzaço que o Rio de Janeiro proporcionou, ao público, nas areias de Copacabana.
Já não vai mais incomodar, vir um PATRIOTA vestido com a cores da nossa bandeira e com a provocativa intenção de impor a sua apropriação de um símbolo nacional. Entenderei, também, como um reconhecimento, por parte deles, "patriotas" pelo espetáculo de ontem.

Finalmente, a camisa do Brasil sendo resgatada de maneira democrática, sem a rivalidade política e podendo ser compartilhada por todos nós, como é de direito de todo o cidadão.

A música tem esse poder de unir. E com o apoio da Madonna, começo a acreditar que vestir a camisa do Brasil voltará ser um orgulho comum entre patriotas e demais eleitores que não se intitulam patriotas, dentro do contexto o qual dominou o ambiente social do nosso país. Ufa!

Em ano de eleição, eis um resgate importante. Um valorozo passo para a harmonia entre as diferenças.

São só duas cores - verde e amarelo - porém, inevitavelmente, elas estão inclusas no arco-íris.
Quem não gosta do arco-íris é só não olhar para o céu quando o sol volta a reinar, brilhando forte, após uma tempestade.

⁠A democracia, apesar dos suas falhas, ainda é o mehor regime político para conduzir uma sociedade.
A sua falha maior não é a permissão para que os eleitores tenham, como opção, candidatos ditadores e fascistas, mas, sim, a extrema paciência com eles.

O mundo, bem como a realidade da existência não se resumem no umbigo de ninguém.
Ninguém é tudo aquilo que acha que é.
Mais espelho e menos selfies.

⁠⁠Quanto individuo, as pessoas não te invejam. Elas invejam o tamanho das suas asas. Invejam a sua liberdade de ser, sem se importar com o que os outros irão pensar sobre você ser quem você é.
Elas invejam a sua liberdade de pensamento. Invejam a sua autonomia emocional. Invejam a sua coragem de dizer o que não é politicamente correto, se considerarmos a hipocrisia que impera nas relações, pois esta sua postura caracteriza uma ousadia afrontosa, que não agrada, mas causa inveja.

As pessoas não te invejam. Elas invejam a pessoa que você se torna diferente delas e, sendo quem é, desprezando o que elas gostariam que você fosse para se tornar mais palatavel a elas, diante da realidade de submissão delas. Diante da aceitação passiva a qual elas são apegadas, muitas vezes imoralmemte, mas que está dentro dos diretos que lhes cabem, quanto individuos, pois esta imoralidade se adequa, por estar pautada na dependência e/ou na conveniência que admistram os seus interesses socioreligiosos.

As pessoas, no fundo, invejam, a sua capacidade de voar sem precisar estar dentro de um pássaro metálico e de asas enrijecidas.

As pessoas invejam as asas que a natureza te deu, por ter confiado no "bom" uso que você faria tendo este instrumento pra se posicionar em um mundo tomado de grades visíveis e invisíveis. De pessoas incomodadas pelo o que você honra e admira, diante do próprio espelho. Por você não precisar da aprovação de ninguém para ser quem é. E não importa o tempo que já passou. Você é e será sempre você. Indigesta ou não.

As suas asas têm mais valor e poder do que você. E você, inevitavelmente, precisa escolher lidar, ou justificar ou, simplesmente, ignorar a inveja dessa gente que poda as próprias asas, diariamente, para melhorar a sua estética socioreligiosa, bem como a sua aceitação moral, uma vez que entende que precisa se manter emoldurada no glamour da hipocrisia, durante toda a sua existência telúrica.

As pessoas invejam as suas asas, porque você não precisa de selfies cheias de filtros. Você não precisa do marketing pessoal que busca agradar pessoas e acumular centenas de "amigos".
Você só faz questão de voar. De ser você e se preservar do modismo doentio pela imagem agradável e rentável.
Asas não precisam de selfies. Elas precisam de espaço para se moverem a fim de exercerem a sua função.

Ah, e se você tiver um dom que potencialize a sua ousadia de ser livre, se prepara, pois a inveja vem com um ônus a mais. E terá sempre uma grade humana querendo te aliciar para te acomodar no suposto conforto da mesmice pra depois te rotular de "igual"
.
"Abra as suas asas. Solte as suas feras".

Frase retirada da letra da música Dancing' Days, do Lulu Santos, que bombou na década de 90, com as Frenéticas.

⁠⁠Você tem vida ou apenas termina os seus dias respirando?
Reflita sobre você precisar, ou não, rever os seus valores.

⁠A ignorância de um povo, no sentido do desconhecimento, além de uma benção, é uma ferramenta muito valorizada pelos espertos, em especial, os políticos, por melhor pavimentar a estrada de sucesso destes oportunistas

⁠Páscoa 2024

Estamos na primeira safra de perdão, do ano. Aproveitemos para perdoar quem nos fez algum mal e, principalmente, aproveitemos o momento para o autoperdão.
Perdoe-se, se necessário, se tiveres motivo, pelos seus preconceitos, pela sua inveja do outro, pelo seu egoísmo e egocentrismo. Pelo seu excesso de vaidade e de narcisismo. Pelas suas mentiras, falsidades e traições. Pelo seu excesso e a sua capacidade de super valorizar o dinheiro e o material. Pelas suas omissões, hipocrisias e oportunismo maquiavélico que você oculta com a sua cara de sonso(a), passando uma imagem de benevolente. E, porquê não, pela sua alma covarde por achar que um governo autoritário, repressor e mercenário, como são todos os governos autoritários no mundo, é o melhor para uma sociedade. Afinal, se você estiver satisfeito e lucrando com os benefícios e com os falsos benefícios de uma ditadura, dane-se o outro, né.
Ah, e não esqueça do autoperdão pela sua ignorância e/ou conveniência em acreditar que Jesus está do lado dos malfeitores que estimulam o ódio e a desarmonia. Que apoiam guerras. Que usam a religião para explorar, idiotizar e manipular pessoas fracas, ignorantes mas também as interesseiras e, inclusive, pessoas "extremamente" materialistas, muito além da cota que lhes cabe, por mérito, para sobreviverem neste planeta que, por natureza, demanda o concreto, além da fundamental consciência espiritual. Pessoas que, em diversos ambientes, também vivem de grandes golpes e de golpinhos para se darem bem, no cotidiano, e acumularem mais dinheiro e bens conquistados com o suor alheio.
Dinheiro e bens que não irão para a cova com ninguém. Ninguém vai colocá-los no nosso caixão. E morto nenhum ressuscita para vir buscá-lo.
Ser cristão é conciliar, minimamente, com coerência, as boas e sinceras atitudes com uma alma a altura destas altitudes e que culmina com uma consciência tranquila.
Não raro, um ateu orgulhar o universo pela sua conduta que, no conjunto da sua obra, muits vezes, é mais humana e justa do que as de muitos cristãos.

Cristãos, não sejam um engano. Não sejam de fachada. Não sejam alguém que no social, virtual ou real, explana sua religião, a sua fé e no particular, com a cabeça no travesseiro, refletindo sobre as suas práticas, intenções, pensamentos e sentimentos, corres o risco de constatar que atendes melhor as expectativas do Satanás.

Aproveitemos o momento. Depois só em dezembro.

Não te desejo uma Feliz Páscoa. Te desejo renascimento. Renovação interior se, porventura, você tiver o perfil do Cristão de ocasião que se encaixa nas citações acima e que é alvo fácil dos empresários da fé.
Se não - Feliz Páscoa, com todas as nuances que regem a data santa.

⁠Outono
As folhas caem, proporcionando a renovação das árvores.
Os doces sabores da terra, se multiplicam. E a gente faz o mesmo. Aprendendo com a natureza que a melhor forma de se estar neste planeta é praticando o ciclo das estações na nossa vida.
Ano a ano, devemos qualificar a aplicação deste método, provadamente eficiente, que resulta no aperfeiçoamento do nosso comportamento, das nossas relações, no nosso ponto de vista, e do nosso bem estar no mundo.

⁠⁠Pra você que admira um certo indivíduo idiota, que foi capaz de dizer que ter tido um FILHA foi uma fraquejada como homem, eu também desejo um Feliz dia da Mulher.
Afinal, pra que coerência, né?

Provocação da vez.

Sensibilidade ocasional e senso seletivo de humanidade não levam ninguém para o paraíso.
Para não sermos convenientes, nas nossas ações nem nas nossas emoções, é preciso mais verdade e mais pureza na alma.

Nas redes socias, na solidariedade sazonal e no marketing pessoal se não tivermos um coração sincero, que convença o universo que o espírito da gente está, verdadeiramente, focado no bem comum, independentemente de quem está na condição de fragilidade e precisando do nosso arregaçar das mangas, todo esforço cênico será descartado no final.

Melhor é admitirmos que não somos capazes desta divina proeza na sua totalidade, no âmbito da transparência e da evolução, neste ambiente terreno/material. Então, sejamos menos narcisistas. Menos vaidosos, menos trambiqueiros e pratiquemos, dentro dos nossos limites, o que de mais puro somos capazes, diante de tantas provações, nesta esfera azul, pois não precisamos ser perfeitos. Esta cobrança da perfeição é indevida e, mascaradamente, funcional para os adestradores de mentes.

Basta-nos ser autênticos e esforçados, arduamente, dia após dia, sem sucumbirmos diante dos chamados constantes dos personagens que têm o poder de recrutar almas para o esgoto da existência.
A autenticidade trava a necessidade de terapia, pois tende a causar menos depressão, consequentemente nos poupa da abrigação de vivermos sob o tablado social que encanta plateias tão dependentes de terapia quanto os que sucumbem pela necessidade de serem hipócritas, fúteis, descompromissados espiritualmente e extremanente manipulados pela vaidade e pela conveniência de não precisarem ser íntegros, na plenitude das suas almas.

É lamentável, quem aborta o processo da evolução espiritual em favor, exclusivo, da manutenção do próprio narcisismo e da condição de ser um zero esquerda neste caldeirão de energias telúricas, porém com outdoor garantido, no mundo célebre ou semi-celebre ou só célebre diante de um espelho.

Se considerarmos a atuação do bem desnudo, como ferramenta em favor do todo, como uma constância social, proporcional à demanda das carências humanas descobriremos que, estatisticamente, há mais argumentos cênicos e narcisistas do que a atuação na realidade, considerando as eventuais boas intenções, com alcance efetivo, no suposto propósito de existência da espécie humana.

⁠Até que a criança cresça, adquira um pouco de maturidade e consiga perceber que está sendo enganada ela acredita no Coelhinho da Páscoa e no Papai Noel.
Considerando a evolução natural da espécie tida, cientificamente, como racional, bem como com potencial para amadurecer e se tranaformar é possível que os "patriotas", em algum momento, sejam levados ao despertar da consciência, consequentemente descubram que estão sendo enganados e logo desvendem a verdadeira identidade do seu animalesco favorito, que vive de iludir quem ainda não entendeu o objetivo deste personagem, porque se recusa a crescer e insiste em passar a vida vivendo de fantasias.

Lembrando que, no caso do Papai Noel, literalmente, a fantasia é vermelha. Já o Coelhinho da Páscoa, apesar de ter o pelo branquinho, tem olhos vermelhos.
Será que podemos dizer que, no fundo, é o vermelho que encanta o lado oculto da fantasia dos "patriotas"? (Esta observação comparativa, foi só um leve tentativa de entender, através da psicologia, essa legião de pessoas que se mantêm no universo do encantamento, apesar de adultas).

Se até uma criança é capaz de cair na real é possível que os marmanjos alienados, um dia, sejam também.
Sigamos, pois a verdade nos libertará. Embora esta mesma verdade, na contramão da liberdade, há enquadrar muita gente mentirosa e covarde tanto quanto demoníaca.

⁠Se, no mundo, todas as pessoas fossem iguais. Pensassem igual. Agissem igual. Tivessem os mesmos interesses e gostos, e se afinassem com as mesmas covardias que a natureza humana e capaz de manifestar a sociedade não daria um passo sequer rumo às mudanças nem às justiças.
Viva as diferenças!
Um VIVA maior ainda para aqueles que ousam apontar as mazelas da espécie tida, cientificamente, como racional e que é, exclusivamente, a única responsável pelo caos no planeta.

⁠"No passado, a censura funcionava bloqueando o fluxo de informação. No século XXI, ela o faz inundando as pessoas de informação irrelevante. Não sabemos mais a que prestar atenção e frequentemente passamos o tempo investigando e debatendo questões secundárias."

Yuval Noah Harari

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Com base neste pensamento do autor acima citado, acrescento que esta é a dura realidade dos novos tempos. E que vai piorar com a IA.
Se você se deixa levar, está fadado a ter a sua mente içada, com louvor, pelos interesses daqueles que lucram com a sua desconcentração diante das reais relevâncias, na sociedade, cujos interesses ficam comprometidos, perdendo para as mais belas imagens, fictícias ou não, nas redes sociais, bem como para os vídeos dotados de uma extrema idiotização humana, além, claro, das fakes news que estão, cada vez mais, ganhando espaço no controle da massa cinzenta da espécie racional.

Como o ser humano é fácil de ser manipulado!

Mais fácil ainda, é entender como chegamos até aqui, depois de tantos milênios, e com tantas crenças limitantes e tanta tendência à depressão, frustração e obediência ao poder que aniquila com a fluidez da função do nosso intelecto.

VIVA O MARKETING DA EVOLUÇÃO!

⁠Reconheça o seu valor. Isso não é falta de humildade é a responsabilidade que você tem que ter com o seu próprio esforço para evoluir, aprender e construir. Atribuir o reconhecimento do seus esforços a terceiros é descaracterizar e/ou minimizar o seu valor. Coisas que as religiões costumam te obrigar a fazer, e que o politicamente correto avaliza.
Valorize-se, sempre que fizeres algo que posso ser considerado positivo para si, para os que te rodeiam, para a sociedade e para o planeta.

⁠José Carlos Gomez

Zequinha. Amore. Meu amigo
Dessas formas a ti eu me dirigia
Quanto carinho correspondido
Quanta confiança e paz você trazia.


Quantos momentos divertidos juntos
Que a música testemunhou
Longas conversas regadas à cerveja
Na minha mudança, como você me ajudou!

Não comigo, mas com todo mundo
Assim era você, leve e prestativo
Paciente, otimista e resiliente
Um ser humano extremamente inofensivo.

Muito precoce esta sua partida
Deixastes muitos corações desolados
Não há quem não sentirá a sua ausência
Ze Carlos = parceiro fiel, um dos seus significados.

Descansa, meu amigo. Meu irmão
Agregue aos céus a sua essência do bem
Daqui ficaremos saudosos
Daí resplandecerais como ninguém.

⁠A verdadeira paz só se instala na consciência humana quando não somos desumanos, nem ingratos e nem covardes com aqueles que nos ofertam respeito, dignidade e acolhimento emocional

⁠Faça o seu golaço


No futebol, os campeonatos estaduais já estão bombando. É o momento dos jogadores se prepararem para os grandes torneios e também da oportunidade dos atletas, com menos projeção ou que ainda treinam nas categorias de base, sonharem com a chance de poderem mostrar o seu valor em campo. De serem aproveitados para explorarem os seus talentos diante de times, muitas vezes, considerados menos expressivos.

Os estaduais são o pontapé inicial para os amantes do futebol, torcedores apaixonados pelos seus clubes aquecerem a garganta para, nas arquibancadas, durante todo o ano, serem o décimo segundo jogador da equipe incentivando o elenco que estará em campo a fim de tentar garantir uma volta para casa com a vitória sobre o adversário. E de promoverem a alegria geral, com uma comemoração de quem lavou a alma em noventa minutos.

De alma lavada ou não, uma vez que a realidade é que os torcedores podem também voltar para casa com a derrota para o seu adversário ou, simplesmente, com um empate que igualará, naquele jogo, a qualidade em campo dos dois times, é preciso ter em mente que tratar-se-á apenas de mais uma disputa entre times rivais. E que, independente do resultado, todos têm uma vida com uma família para tocarem em frente, depois da partida.

Seja lá qual for o placar de um jogo, seja qual for o torneio, e não importa o time, nenhum torcedor deve esquecer que o nosso clube do coração terá disputado apenas mais um jogo deste esporte que é uma paixao nacional, onde todos os admiradores do futebol são nivelados, no âmbito do amor e do apoio, estando na condição de ADVERSÁRIO de algum outro time.
Adversários não devem ser considerados inimigos.

Se somos capazes de nos unirmos, de nos harmonizarmos, pelo Brasil, na Copa do Mundo. De nos tornarmos uma só torcida; pergunto: onde está escrito que sendo brasileiros, temos que nos desarmonizar, nos tornando desafetos entre nós só porquê, em território nacional, temos paixões por clubes diferentes?
A geografia do país continua sendo a mesma. Falamos o mesmo idioma, gostamos intensamente do mesmo esporte, apenas algumas cores no escudo do clube nos diferenciam. Diferenças que na Copa do Mundo inexistem e nos fazem implacáveis, quando formamos uma só corrente. Fazem do nosso grito uma só emoção que ecoa pelo planeta.

Vocês não acham que é incoerente a inimizade e a violência justamente num ambiente que tem o poder de nos tornarmos unidos e grandiosose onde a alegria tem uma só conotação de prazer e vibração?

Mais um ano de expectativas para fortes emoções, em campo. Mais um ano que teremos a oportunidade de fazermos do futebol uma das nossas fontes de respeito pelas diferenças. Respeito pela adversidade que nos permite zoar um amigo, de forma saudável. Respeito pelo próximo o qual aprendemos, através dos ensinamentos religiosos, que são nossos irmãos planetários. Respeito pelo direito do outro vibrar, apoiar e ser feliz com as cores da camisa que ele escolheu amar. E isso não significa que o amor dele por uma camisa diferente da nossa o torna um inimigo. Inimigo que para alguns chega a tal ponto de insanos entenderem que precisam feri-lo ou até mesmo matá-lo. Tamanha a violência impregnada na sua essência. Tamanha a violência com que tratam um torcedor adversário.

Basta as atrocidades que foram cometidas até 2023.

É preciso que façamos a nossa parte, quanto torcedores que possuem uma visibilidade mundial, dada as tantas estrelas que exportamos para os demais clubes fora do país. Precisamos dar o exemplo de civilidade e respeito às diferenças.
Além de sermos o décimo segundo jogador do nosso time, nas arquibancadas, precisamos mostrar aos nossos ídolos negros que aliados aos torcedores adversários, juntos, lutaremos para que haja respeito à pele de cor preta e pela obrigação do mundo de exterminar com o racismo nas arquibancadas fora do Brasil. Edificações que foram projetadas para acolherem, acomodarem gente feliz e humana e não gente mal resolvida com a sua alma. Gente sem empatia. Gente desprovida da sensibilidade no coração. Precisamos ser exemplo para tudo que condenamos no futebol e na sociedade como um todo.

Quando fores ao estádio assistir a uma partida de futebol, faça o seu golaço. Não xingue o seu adversário para não estimular o ódio, para não despertar o lado primitivo de ninguém que lá esteja. Simplesmente, curta e agradeça por poder fazer parte, assim como o torcedor adversário, de um momento especial da história dos clubes que se enfrentarão naquele dia.

Melhor do que ter ocupado uma das cadeira da arquibancada é contribuir para que todos possam voltar para as suas casa e deitarem em seguros nos seus travesseiros. É ter a certeza que neste quesito -paz no futebol - todos sairemos vencedores.